quarta-feira, 28 de abril de 2010

Campanha de Serra na Internet assume linguagem dos torturadores da ditadura


Se você recebeu um e-mail sobre os currículos de José Serra e Dilma Roussef, não leve a sério. As informações são manipuladas e a linguagem denuncia a origem do texto. O linguajar anti-comunista do tempo da Guerra Fria denuncia que é da lavra de militares da direita, autores do golpe militar de 1964, responsáveis por torturas, seqüestros, assassinatos e desaparecimentos de opositores políticos.A peça publicitária intitulada “O currículo de vida dos candidatos” convida o eleitor a ler antes de votar. Faz parte da campanha da baixaria prometida pelo pessoal do PSDB, DEM, da direita militarista e dos agentes dos porões da ditadura.José Serra, do PSDB, é apresentado como filho de família pobre. Dilma é apresentada como filha de família rica. Uma manipulação grosseira da origem de classe dos dois candidatos, já que ambos são filhos de típica classe média.José Serra é apresentado como ex-líder estudantil, ex-presidente da UNE, que “sempre usou o palanque e a tribuna como armas, jamais integrando grupos terroristas armados, a soldo do comunismo internacional”.Sentiram aí o tom dos porões da ditadura? Esta era a linguagem dos torturadores militares que infelicitaram nosso país por mais de 20 anos.A peça publicitária dos agentes da ditadura omite que José Serra foi fundador da Ação Popular, organização revolucionária que pregou a guerrilha cubana e depois a guerra popular chinesa. Já a Dilma é apresentada como integrante de organização revolucionária responsável por assaltos, seqüestros, assassinatos. O texto chega ao absurdo de “informar” que a guerrilha assassinou 119 pessoas. Ora, assim como José Serra nada tem a ver com as ações da Ação Popular, da qual foi fundador, Dilma Roussef nada tem a ver com mortes causadas pela guerrilha urbana que atuou contra a ditadura militar.O preconceito contra a mulher é bastante explorado pelo texto infame. José Serra é casado com uma psicóloga, pai de tantos filhos...Dilma foi casada com um “terrorista” (era assim que os militares se referiam aos opositores da ditadura), depois separada e depois casada novamente com outro “terrorista”.A imoralidade do argumento está à altura das baixezas que ocorriam nos porões do regime militar.Tem também a exploração sobre o currículo acadêmico. José Serra teria Mestrado e Doutorado. Dilma seria apenas graduada em Economia.Independente dos polêmicos títulos de Serra, o argumento ficou desmoralizado depois da vitoriosa experiência do presidente Lula, operário, sem títulos acadêmicos, e da desastrada experiência do sociólogo FHC, patrocinador das privatarias e do mega-mensalão que comprou o Congresso Nacional na votação de um segundo mandato presidencial.


NÃO PASSE ADIANTE A SUJEIRA QUE COMPARA CURRÍCULOS FALSOS COM INFORMAÇÕES FRAUDULENTAS. NÃO É UM BOM SERVIÇO À DEMOCRACIA.

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