quarta-feira, 21 de abril de 2010

Marta Suplicy participa de programa no portal UOL


Marta deve disputar a vaga no Senado que será deixada por Aloizio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo do Estado. Caso seja eleita, tem alta chance de ter de lidar regularmente com um governador tucano, uma vez que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparece com ampla vantagem nas pesquisas de intenção de voto, podendo vencer Mercadante já no primeiro turno.
“Até acabar a eleição não se tem essa conversa [sobre aproximação com a oposição]. Mas podemos ter um Brasil diferente. Acho que seria muito interessante essa possibilidade. E eu não vejo a Dilma fechar a porta para uma coisa desse tipo, não”, afirmou Marta. “Mas não adianta perguntar isso agora. Agora são dois pólos, dois projetos. Quadros excelentes existem nos dois lados”, completou.
Potencial coordenadora da campanha de Dilma no Estado de São Paulo, Marta diz que a ex-ministra da Casa Civil tende a equilibrar a disputa com Serra no principal colégio eleitoral do país conforme ficar mais conhecida. Em 2006, mesmo com alta popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito com menos votos de paulistas do que o adversário que derrotou, o tucano Alckmin.
A pré-candidata ao Senado pelo PT disse que tentou se aproximar do PSDB quando se elegeu prefeita da capital paulista, em 2000. “Minha parceria preferencial era com os tucanos. Eles não quiseram fazer. Não sei por quê. Poderia ser sido o embrião de algo diferente”, afirmou ela,que lidera as pesquisas de intenção de voto para ocupar uma das duas vagas de São Paulo no Senado.
No evento de lançamento de sua pré-candidatura no dia 10, Serra afirmou que deseja ser “o presidente da união” e acusou os adversários de tentarem “dividir o Brasil”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal fiador da campanha de Dilma, rebateu dizendo que seu governo desfez a divisão anterior entre pobres e ricos no país.
CampanhaPara a ex-ministra do Turismo, a unidade que os oposicionistas buscam já existe “em torno do governo Lula”, cuja aprovação é de mais de 70%, de acordo com pesquisas de opinião. Marta diz que o acirramento inicial da campanha é precoce. “Eu acho que está uma briga de coisas que não interessam o eleitor. Ninguém quer saber se vai dividir o Brasil”, disse.
Após as críticas a Dilma por declarações que geraram reações duras de aliados e de adversários, Marta afirmou que a ex-ministra “mudou de papel” e vai adquirir a experiência eleitoral de que precisa para vencer. “Ela exercia um cargo onde tinha que ser muito firme com as pessoas, porque era para fazer o Brasil funcionar. Ela cobrava de todos os ministérios os grandes projetos. Era um cargo de muita dureza. Se você não é dura, sendo mulher, fazem picadinho de você”, afirmou.
Na semana passada, adversários de Dilma afirmaram que a ministra atacou exilados durante o Regime Militar (1964-1985) por terem saído do país. A presidenciável petista refutou a acusação. Dias antes, em Minas Gerais, a ex-ministra admitiu a possibilidade de receber votos de eleitores do candidato do PSDB ao governo, Antonio Anastasia. Isso irritou Hélio Costa, candidato do PMDB ao Palácio da Liberdade e influente na sigla que deve dar a Dilma seu candidato a vice.
Marta também rebateu as críticas dos rivais que consideram Dilma uma candidata inventada pelo presidente Lula, uma vez que os petistas mais importantes foram abatidos por escândalos. “Vendo o Serra falar, eu pensei que ele é quem inventou o [prefeito de São Paulo, Gilberto] Kassab. E se a turma for cobrar dele agora, como é que fica? A Dilma não está sendo inventada pelo Lula. O Kassab foi inventado.”
Fonte: UOL Notícias

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