Fonte: Portal Terra
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Lula encabeça lista de líderes que mudaram o mundo em 2010
Fonte: Portal Terra
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Campanha de Serra na Internet assume linguagem dos torturadores da ditadura
segunda-feira, 26 de abril de 2010
PT DE CONQUISTA QUER WALDIR NO SENADO
PREFEITO DO DEM APÓIA WAGNER
Mais uma vez um prefeito do DEM abandona o apoio à candidatura do partido para declarar apoio ao projeto de reeleição do governador Jaques Wagner. Desta vez foi João Batista de Carvalho, de Jeremoabo. Tista, como é mais conhecido na cidade, discursou que “Jeremoabo também é de todos nós”, durante evento na cidade com a presença do governador. O prefeito queria dar a notícia em primeira mão, mas foi atropelado pelo presidente da Assembléia Legislativa: “Marcelo Nilo não me deu a honra de anunciar o nosso apoio ao governador Jaques Wagner, mas quero reforçar que a parceria entre a prefeitura e os governos estadual e federal deve continuar e ser reforçada!”, discursou, entusiasmado, o prefeito.
domingo, 25 de abril de 2010
Dilma lança pré-candidaturas de Marta e Mercadante
sexta-feira, 23 de abril de 2010
ESTALEIRO DA ENSEADA DO PARAGUAÇU. (empregos que Geddel e Paulo Souto queriam impedir)
Levi Vasconcelos tempopresente@grupoatarde.com.br
O renascer do Recôncavo Pujante no Brasil Colônia, quase esquecido quando a economia passou a girar pelas rodovias, o Recôncavo baiano vislumbra um novo tempo com o Estaleiro da Enseada do Paraguaçu.
O Ibama já liberou a licença e o leilão, para o qual está habilitado o consórcio Odebrecht-OAS-UTF; será dia 4 de maio próximo.
E aí a história recomeça.
Os números geram expectativas de fortíssimos impactos: só no investimento para a construção do estaleiro em si, R$ 2 bilhões.
Muito mais que isso, a previsão é a de que a Petrobras construa lá sete navios-sonda ao preço de R$ 1 bilhão cada.
O estaleiro ficará em Maragojipe, mas vai impactar diretamente em 16 dos 32 municípios do Recôncavo sul.
O prefeito Sílvio Ataliba (PT), de Maragojipe, sintetiza o ânimo que domina a região: – Essa é a segunda grande obra que vai mudar a face do Recôncavo. A primeira foi a Universidade Federal do Recôncavo. Estamos nos preparando para viver outra era.
MÃO DE OBRA Calcula-se que o Estaleiro da Enseada vai gerar 7,5 mil empregos. Os 16 municípios do entorno de Maragojipe se uniram e abriram, com apoio do governo, uma sucessão de cursos (calderaria, solda, lixador, monitor e afins). A ideia é que o empreendimento absorva de 45% a 47% da mão-deobra regional, hoje pouco qualificada.
EXEMPLO SÃO ROQUE A cidade-sede, Maragojipe, também sofrerá grande impacto. O prefeito Ataliba lembra o caso do canteiro de obras de São Roque: desativado de Collor a Fernando Henrique, foi reabilitado no início do governo Lula. Com dois mil empregos, em menos de 10 anos a população saltou de 5,5 mil para 12 mil habitantes.
– Lá tínhamos cinco garis, eu botei para 18 e vou ter de contratar mais 10.”
Antonio do Carmo
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Homem é assassinado pelo irmão em Dias D'Ávila
De acordo com a Central de Telecomunicação das Polícias (Centel), Antônio chegou a ser socorrido ao Hospital Municipal da região, mas não resistiu aos ferimentos. Não há informações da causa do crime.
Evento religioso reúne 600 mil e trava trânsito na Avenida Paralela
Seis viaturas, segundo um agente de trânsito, estavam no local. Segundo ele, o órgão não foi informado sobre o alto número de participantes. “Pegou a gente de surpresa. Tanto é que o horário da gente estourou. Tivemos que dobrar nosso efetivo”, informou, sem revela o nome.
Painel da Folha: Pesquisa Ibope mostrará Serra com 36% e Dilma com 29%
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Adriano e os alunos da educação infantil da Escola Juviniano Machado povoado da Estrada Grande
Marta Suplicy participa de programa no portal UOL
“Até acabar a eleição não se tem essa conversa [sobre aproximação com a oposição]. Mas podemos ter um Brasil diferente. Acho que seria muito interessante essa possibilidade. E eu não vejo a Dilma fechar a porta para uma coisa desse tipo, não”, afirmou Marta. “Mas não adianta perguntar isso agora. Agora são dois pólos, dois projetos. Quadros excelentes existem nos dois lados”, completou.
Potencial coordenadora da campanha de Dilma no Estado de São Paulo, Marta diz que a ex-ministra da Casa Civil tende a equilibrar a disputa com Serra no principal colégio eleitoral do país conforme ficar mais conhecida. Em 2006, mesmo com alta popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito com menos votos de paulistas do que o adversário que derrotou, o tucano Alckmin.
A pré-candidata ao Senado pelo PT disse que tentou se aproximar do PSDB quando se elegeu prefeita da capital paulista, em 2000. “Minha parceria preferencial era com os tucanos. Eles não quiseram fazer. Não sei por quê. Poderia ser sido o embrião de algo diferente”, afirmou ela,que lidera as pesquisas de intenção de voto para ocupar uma das duas vagas de São Paulo no Senado.
No evento de lançamento de sua pré-candidatura no dia 10, Serra afirmou que deseja ser “o presidente da união” e acusou os adversários de tentarem “dividir o Brasil”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal fiador da campanha de Dilma, rebateu dizendo que seu governo desfez a divisão anterior entre pobres e ricos no país.
CampanhaPara a ex-ministra do Turismo, a unidade que os oposicionistas buscam já existe “em torno do governo Lula”, cuja aprovação é de mais de 70%, de acordo com pesquisas de opinião. Marta diz que o acirramento inicial da campanha é precoce. “Eu acho que está uma briga de coisas que não interessam o eleitor. Ninguém quer saber se vai dividir o Brasil”, disse.
Após as críticas a Dilma por declarações que geraram reações duras de aliados e de adversários, Marta afirmou que a ex-ministra “mudou de papel” e vai adquirir a experiência eleitoral de que precisa para vencer. “Ela exercia um cargo onde tinha que ser muito firme com as pessoas, porque era para fazer o Brasil funcionar. Ela cobrava de todos os ministérios os grandes projetos. Era um cargo de muita dureza. Se você não é dura, sendo mulher, fazem picadinho de você”, afirmou.
Na semana passada, adversários de Dilma afirmaram que a ministra atacou exilados durante o Regime Militar (1964-1985) por terem saído do país. A presidenciável petista refutou a acusação. Dias antes, em Minas Gerais, a ex-ministra admitiu a possibilidade de receber votos de eleitores do candidato do PSDB ao governo, Antonio Anastasia. Isso irritou Hélio Costa, candidato do PMDB ao Palácio da Liberdade e influente na sigla que deve dar a Dilma seu candidato a vice.
Marta também rebateu as críticas dos rivais que consideram Dilma uma candidata inventada pelo presidente Lula, uma vez que os petistas mais importantes foram abatidos por escândalos. “Vendo o Serra falar, eu pensei que ele é quem inventou o [prefeito de São Paulo, Gilberto] Kassab. E se a turma for cobrar dele agora, como é que fica? A Dilma não está sendo inventada pelo Lula. O Kassab foi inventado.”
terça-feira, 20 de abril de 2010
POSTULANTES ANSIOSOS POR PESQUISA DATAFOLHA
É grande a expectativa por parte dos postulantes ao governo do Estado, de que nesta terça-feira (20) seja divulgado um resultado de uma pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Datafolha. A entidade, que é considerada uma das mais creditáveis, ainda não confirmou oficialmente se realmente publicará os dados, mas os abelhudos de plantão já estão a postos, alguns deles a roer os dedos de ansiedade e sem dormir. O governador Jaques Wagner (PT) deve estar a torcer para que seja permanecida a sua liderança na corrida, enquanto o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB) e o ex-governador Paulo Souto (DEM) rezam por uma mudança no cenário e uma subida de degraus. O pré-candidato do PV, Luiz Bassuma também aguarda por melhoras. Contudo, vale ressaltar que não há nehuma pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Adriano é Waldir Pires Senador
O Brasil e a Bahia precisam deste homem de grande valor, espero que o Governador Wagner deixe em sua chapa majoritária uma das vagas pra Waldir, uma vaga já é da dep. Lídice da Mata que também é uma guerreira que fará sucesso em Brasília ao lado de outra mulher que será eleita em São Paulo a companheira Marta Suplicy.
Meu voto é Waldir!
PRB DECIDE APOIAR JAQUES WAGNER
sábado, 17 de abril de 2010
PP QUER PINHEIRO NO SENADO
MORRE MÃE DO REI ROBERTO CARLOS
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Haddad diz que Brasil deve erradicar analfabetismo até o fim da década
Dilma é favorita porque ganhar mais é aposta de risco para maioria, diz diretor do Vox Populi
No Vox Populi desde 1987, depois que concluiu o doutorado em Ciência Política na Universidade de Manchester, Coimbra hoje é seu diretor de pesquisas. E as realiza tanto para o PT de Dilma Rousseff quanto para o PSDB de José Serra.
Aos 59 anos, carioca radicado em Belo Horizonte, Coimbra transformou o amplo apartamento onde morava, no bairro de Serra, no escritório onde trabalha sozinho, longe do burburinho do Vox. Foi nesse apartamento, entre obras de Iran do Espírito Santo, Vik Muniz, Mario Cravo Neto e Cildo Meirelles, onde, na tarde de segunda-feira, falou ao Valor.
Valor: Esta campanha vai ser uma disputa de biografias ou uma comparação de governos?
Valor: Este terço que Serra obtém em pesquisas não embute uma comparação favorável ao PSDB?
Coimbra: Francamente não creio. Esse terço de Serra é a soma de várias razões. É um componente anti-Lula e anti-PT do eleitor que pode até ter uma avaliação razoável,satisfatória do atual governo, mas que não gostaria que o PT tivessemais quatro anos. É um desagrado que iria para quem quer que fosse o adversário da continuidade. Tem outro componente que é a admiraçãopessoal por ele. E o peso de São Paulo que acompanha sua administraçãoe já votou nele uma meia dúzia de vezes. Fora do Estado também há muitagente que admira o que ele fez na Saúde.
Valor: Mas isso é suficiente para a permanência de Serra nessa faixa de 30% a 40% há tantos anos?
Coimbra: O fato de Serra ser governador muito bem avaliado, com história antiga no maior Estado do país, é parte da explicação. São Paulo tem mais de 20% do eleitorado. Euma parte ainda vem do antipetismo que se encontra com frequência naclasse média do Sul e do Sudeste. Tolera Lula porque aprendeu a conviver com ele, mas só o Lula.
Valor: São dois candidatos egressos da esquerda que combateu a ditadura e um terceiro nunca identificado ao conservadorismo. O que explica este divórcio com umeleitorado que, como qualquer outro, tem sua fatia conservadora?
Coimbra: Isso tem a ver com a experiência de uns tantos anos de ditadura que, ao terminar, tinha deslocado qualquer discurso que não fosse de esquerda. Isso aconteceuhá muito tempo, mas parte da elite política ainda vem desse ciclo. O que o eleitor ainda tem para situar não é apenas a trajetória docandidato, mas uma visão mais ampla dos aliados . O PSDB tomou umadecisão, no início dos anos 90, de que a única maneira de chegar aopoder, dado que o PT tinha um candidato posicionado em torno de 40%,seria em aliança com a direita. Isso definiu a natureza do jogopolítico e ideológico. Passou a ser difícil olhar para os candidatos do PSDB e vê-los como egressos de uma prática de esquerda.
Valor: O eleitor não identifica claramente a aliança do PT com os partidos de direita?
Valor: O fato de Dilma ter se envolvido com a luta armada até que ponto agrega ou retira votos?
Coimbra: É um sentimento minoritário. A impressão que tenho, vendo pesquisas qualitativas, é que uma parte grande do jovem eleitor – e 30% do eleitorado tem menos de 30anos – foi educada dentro de valores muito mais favoráveis a quemestava lutando contra a ditadura.
Valor: A classe média tradicional que paga mensalidades caras para o filho concorrer com cotistas, assiste o trânsito piorar com carros vendidos a 96 prestaçõese se vê espremida entre a base e o topo da pirâmide social, não é ogerme desse conservadorismo?
Coimbra: O antipetismo da classe média tem mais a ver com valores políticos e ideológicos, e não com causalidade socioeconômica. Não sei avaliar o tamanho dessainsatisfação porque o desenvolvimento beneficiou de forma razoavelmentehomogênea a sociedade como um todo. Pelo menos não vejo reflexo naspesquisas. Parte da classe média não desgosta do PT porque perdeu dinheiro, status ou consumo. Apenas não gosta.
Valor: O eleitor pode ganhar mais?
Coimbra: Ganhar mais é sempre aposta de risco para o eleitor. Ele está acostumado a ouvir promessas. E em grande parte por isso às vezes se contenta com algo bem menosexigente, que é não perder. O que esta eleição tem de diferente é queagora esses dois lados não vão se contrapor em termos do que prometem,mas do que fazem quando chegam ao poder. O eleitor não vai mais olhar para o petismo e imaginar que tudo vai ser bom. Embora Lula tenha 80%de aprovação, quando você olha política por política percebe que aavaliação positiva não é homogênea.
Valor: Da disputa entre Serra e Aécio em Minas resiste um sentimento antipaulista?
Coimbra: Sim e não. Numa certa parte da elite política local sim, mas como um sentimento relevante no eleitorado, não.
Valor: A intenção de voto dos candidatos flutua muito de Estado a Estado. Os problemas regionais não influenciarão o resultado eleitoral?
Coimbra: Não acho que seja relevante. O fato de Dilma não ter candidatos fortes em alguns Estados não tem relação com a sua intenção de voto e a mesma coisa em relaçãoao Serra. O Serra tem problema no palanque gaúcho e lá tem vinte pontosa mais que a Dilma.
Valor: A situação no RS é muito diferente do quadro nacional, e não é de agora, por que isso?
Coimbra: No Rio Grande do Sul, o quadro é largamente favorável a Serra. No Paraná, nem tanto, em Santa Catarina, não são. Nos Estados onde há uma percepção de uma grandemelhora nos últimos oito anos, há uma clara tendência na aposta àcontinuidade.
Valor: Aécio terá mais capacidade de puxar voto para o PSDB nacional em Minas do que em 2006?
Coimbra: Em 2006 ele era o candidato à reeleição, fez tudo que estava em seu alcance e quem ganhou em Minas foi o Lula. Acho que Lula tem mais força eleitoral que Dilma,mas quando o eleitor quer fazer uma aposta na eleição presidencial,dificilmente o entorno é tão relevante.
Valor: Minas hoje tende à continuidade ou à mudança?
Coimbra: Minas tende à continuidade nos dois planos, no estadual e no federal. Embora hoje quem esteja na frente na eleição para governador e para presidente represente mudanças.
Valor: E o que o leva a concluir isso?
Coimbra: O eleitor não conhece suficientemente nem Anastasia nem Dilma. A tendência é que a vantagem do Serra diminua em relação à Dilma e a do Hélio Costa em relação aoAnastasia também.
Valor: No caso de SP, o que explica os mais de 50% de Alckmin?
Coimbra: Alckmin foi o governador mais bem avaliado da história recente de São Paulo. Mais bem avaliado que o Serra e que o Covas. O voto no Alckmin tem uma densidade muitomaior do que outros candidatos que têm o recall como sua explicação fundamental.
Valor: Ele extrapola a força do PSDB no Estado?
Coimbra: Várias vezes. Bem, a força do PSDB, como sabemos, não é uma coisa muito relevante nem mesmo em São Paulo.
Valor: Marina tem potencial para levar a eleição ao segundo turno?
Coimbra: Com todo o risco envolvido em uma resposta tão longe da eleição, diria que não.
Valor: Mesmo considerando os candidatos nanicos?
Coimbra: Os nanicos, mesmo se forem muitos, dificilmente vão passar de 2,5% dos votos. O cenário de crescimento da Marina é muito desfavorável. De um lado ela pode serespremida por duas candidaturas que cedo polarizam. Se o Ciro disputar,aumenta o cenário de crescimento dela, porque deixa uma eleição menos polarizada. Sem Ciro, o horizonte dela é menor. Porque faz com que grande parcela do eleitorado pense que tem que resolver logo.
Valor: Ela tem um potencial menor do que Heloisa Helena em 2006?
Coimbra: O eleitor que olhou com interesse para a Heloísa Helena e acabou votando nela tinha um componente de protesto à esquerda contra o mensalão. Esse elemento naeleição deste ano não é significativo e Marina não expressa isso. Ela não se posiciona politicamente, mas em favor da agenda ambiental.
Valor: Ela tem a limitação de um candidato temático como o Cristovam em 2006?
Coimbra: Sim, mas ela pode ir um pouco além. O tempo de TV reservado à divisão igualitária é 30% do total. Se dividisse por quatro, daria um minuto e pouco para cada.Somado ao tempo do PV já seria expressivo, mas como deve haver muitosnanicos, ela vai acabar tendo um pouco mais que Eymael.
Valor: Lula tem aprovação maior entre as mulheres e Dilma um patamar de intenção de votos também mais baixo nesse eleitorado. Ela soma a rejeição das eleitoras pelo fato deser mulher e apoiada por Lula?
Coimbra: Não, nem uma coisa nem outra. Ela tem uma menor participação no voto feminino porque é maior a proporção de desinformação e não envolvimento com temas políticos eadministrativos nesse eleitorado.
Valor: Mas por outro lado é a mulher que leva o filho ao posto de saúde e luta por vaga em escola pública. Isso não lhe dá uma experiência de como funcionam os governos?
Coimbra: Sim, mas é uma experiência de cotidiano
Valor: Despolitizante?
Coimbra: Não é despolitizante, mas pode ser despolitizada. Essa experiência é uma fonte de politização, mas tem que ser politizada. E isso, lamentavelmente, não acontece nanossa sociedade.
Valor: Esse grau de desinformação ainda explica o voto num país onde as mulheres já são mais da metade em muitas universidades?
Coimbra: O diferencial de envolvimento e de participação política entre homens e mulheres continua a ser explicado pelo grau de informação no mundo inteiro. Essa diferença tende a desaparecer com o tempo, mas ainda é um elemento da cultura política brasileira.
Valor: O senhor quer dizer que o universo de mulheres bem informadas confrontado ao de homens bem informados não são diferentes?
Coimbra: Sim. E mulheres mais velhas, especialmente, tendem a ter uma maior dificuldade de participação política. Entre os jovens, as diferenças de intenção devoto por gênero são quase irrelevantes. Vão ficando mais significativasà medida que se avança na idade e na zona rural.
Valor: Só não fica claro por que isso prejudica Dilma e não Serra.
Coimbra: Porque isso está ligado à possibilidade de se estar mais familiarizado com alguém que já foi candidato a presidente e ministro da Saúde. O nível de conhecimento dele é mais alto em todas as faixas. Naquelas em que o nível de informação e de participação é muito baixo, o nível de conhecimento daDilma é muito menor do que o do Serra.
Valor: A associação de Dilma com Lula também é mais baixa nesse estrato?
Coimbra: Sim, muito mais baixa que a média. E essa é a razão para o prognóstico favorável a sua candidatura. A vantagem do Serra vem quando se agrega a grande parcelaque não conhece a Dilma. Quando se neutraliza o efeito desconhecimento,ela já está na frente. Claro que há a suposição de que quando todos os que não a conhecem se comportarem de uma maneira pior para ela do queos primeiros, ela cai, mas se eles se comportarem de maneira maisfavorável, ela sobe. E a composição do eleitorado que a desconhece lhefavorece. Tem menor escolaridade, mais Bolsa Família e que está naperiferia dos grandes centros e nas regiões menos desenvolvidas.
Valor: Quem estaria então mais próximo do teto seria o Serra?
Coimbra: Sim, mas ele tem um piso muito alto.
Valor: O eleitorado no Brasil tem tido um descolamento entre escolaridade e renda. O que deriva disso?
Coimbra: A melhora no perfil do acesso à escola é muitas vezes mais acentuada do que a dos indicadores de desigualdade. Como houve nos últimos 20 anos uma melhoria grande novalor do salário mínimo, se a comparação é em termos de unidades desalário mínimo, pode-se ficar com um retrato inexato de que os pobres permaneceram nos mesmos lugares com a melhoria da renda, do poder de compra e a redução do preço de alguns produtos. O resultado é que todo mundo melhorou um pouco, mas mantendo a desigualdade.
Valor: Essa evolução da escolaridade favorece uma campanha mais temática, comparativamente a uma sucessão de ataques pessoais?
Coimbra: Essa evolução aponta para uma parcela cada vez maior de eleitores em condições de consumir informação mais qualificada e até esperando receber do jogo eleitoralmais do que uma dúzia de chavões e frases de efeito, mas é precisoatentar para o ritmo dessas mudanças sobre o resultado quando se tem ovoto compulsório. Essas senhoras que não têm interesse, não têminformação, não se envolvem em questões político-eleitorais, vão votar.Em quase todos os países desenvolvidos do mundo, quem tem esse perfilnão vota.
Valor: Essa evolução do grau de instrução não leva a uma decisão de voto que independe mais da classe?
Coimbra: Uma das coisas que aconteceram no Brasil nestes 25 anos de redemocratização é a formação de uma sociedade política em que as pessoas têm lado e partido. Eu souisso, sou aquilo. E essa formação de identidade política atravessa essas dimensões socioeconômicas. Tem petista e tucano morando no mesmoprédio. O modo como se estruturam essas identidades não é clássico, nãoé em torno de partidos, não porque o brasileiro não goste de partido,mas porque não se permitiu que isso acontecesse.
Valor: Mas Lula insiste na estratificação entre pobres e ricos…
Coimbra: Ele sabe que isso não é a realidade. Você tem uma parcela não pequena das grandes fortunas brasileiras muito satisfeita com o atual governo. Dilma não vai servotada pelos pobres e Serra pelos ricos.
Valor: Mas não foi isso que aconteceu entre Lula e Alckmin em 2006?
Coimbra: O mensalão estava muito presente. Cinco anos depois acredito que é um assunto vencido, não porque as pessoas tenham ficado satisfeitas com ele, mas porque foidigerido pela sociedade.
Valor: Por que o senhor vê Dilma como favorita?
Coimbra: Porque a maioria tem o sentimento a favor da continuidade, tem um envolvimento pequeno com a discussão política, com a comparação das propostas, das biografias eopta pelo modelo de decisão mais simples. Isso não é verdade no Brasilpelas nossas deficiências. Isso é verdade em todas as democracias.Ainda mais no regime de sufrágio universal e compulsório em que aparcela de eleitores de baixa ou pequena motivação é majoritária. Esses eleitores costumam preferir a escolha de custo menor que demanda menos tempo, menos stress e pode ser resumida numa pergunta tão simples como” Você está satisfeito?”
Valor: A inércia pela continuidade será o determinante?
Coimbra: É claro que há brecha para mudança. Todo mundo lembra do que acabou de acontecer no Chile, onde uma presidente com 80% de aprovação não fez o sucessor, mas aConcertación estava há 20 anos no poder. No Brasil, o sentimento “estána hora de mudar” não comanda. Vide o PSDB que está há 16 anos nogoverno de São Paulo e tem um candidato que tem condições muito favoráveis. Vinte anos do PSDB no principal Estado da federação nãocausa espanto a ninguém. Por quê? Um candidato bom veio depois de umbom governo. No plano nacional, há um sentimento de que o outro ladoteve décadas de poder. Em parte as pessoas acham que estes oito anos dePT ainda são pouco frente ao que a outra turma teve.
Valor: Mas a ideia da continuidade já teve grandes derrotas.
Coimbra: A ideia de continuidade funciona no Brasil em eleições municipais e estaduais. Agora vamos ter presidenciais. Não tínhamos tido em 1989 porque o Sarney não tinhacandidato, em 1994 Itamar foi engolido pelo sucessor. Fernando Henriqueperdeu porque não havia ali as condições que temos hoje, em que odesejo de continuidade é maioria. Serra era o candidato da continuidadenuma eleição marcada pela mudança.
Valor: E agora ele é o candidato da mudança numa eleição marcada pela continuidade?
Coimbra: Sim, esse é o problema. Em 2002, 10% das pessoas diziam que o próximo presidente deveria manter tudo o que estava sendo feito e 40% diziam que o próximo deveria mudartudo. Hoje esses números são inversos. Dilma é favorita por essa razão.Ser favorita não quer dizer ganhar, mas ter uma perspectiva muitapositiva.
Valor: O discurso do pós-Lula, nessa análise, tem vida curta?
Coimbra: Quer dizer o quê? Vai manter ou vai mudar? Vai manter o que está certo e mudar o que está errado? Mas isso não quer dizer nada. Não convence.
Valor: Mas o slogan de ‘O Brasil pode mais’ não é uma tentativa de se contornar a continuidade?
Coimbra: Sim, para o eleitor atento. Essa proposta implica um elevado investimento pessoal no processo eleitoral. Você tem que aprofundar o conhecimento daspropostas, o conhecimento minucioso do que foi feito e deixou de serfeito, identificar o que é realista e que pode ser feito no futuro, ou seja, exige um conjunto de características pessoais do eleitor que nãosão fáceis aqui nem em qualquer lugar do mundo.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Pesquisa Sensus aponta empate entre Serra e Dilma
De acordo com a sondagem, Ciro Gomes (PSB) teria 10,1%, e Marina Silva (PV), 8,1%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Segundo dados apresentados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sob o registro de número 7594/2010, o levantamento foi feito entre os dias 5 e 9 de abril em 24 Estados, com 2.000 entrevistas.
Reportagem publicada no sábado passado pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) mostrou que, no registro do TSE, consta outro contratante: o Sindecrep (sindicato de trabalhadores em concessionárias de rodovias) de São Paulo --que não a encomendou. A Sensus afirmou se tratar de um erro, corrigido em seguida.
Outras pesquisas
Pesquisa divulgada no dia 4 de março pelo instituto Vox Populi e encomendada pela rede de televisão Bandeirantes mostrava Serra na liderança com 34% dos votos, mesma porcentagem registrada em janeiro. Já Dilma tinha quatro pontos percentuais, subindo para 31% das intenções de voto, segundo o levantamento.
Ciro aparece com 10% e Marina com 5%. Votos nulos e brancos somam 7% e 13% dos pesquisados não quiseram ou não souberam responder.
A pesquisa do Vox Populi foi registrada sob o número 7337/2010 e realizada entre os dias 30 e 31 de março, com 2.000 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Já no dia 27 de março, em pesquisa realizada pelo Datafolha, Serra aparece com nove pontos de vantagem sobre Dilma. O tucano tem 36% e a petista 27% das intenções de voto. Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma 28%.
Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os 8% obtidos no mês passado.
Em um eventual segundo turno, o tucano venceria a petista por 48% contra 39%.
A pesquisa, registrada sob o número 6617/2010, foi realizada nos dias 25 e 26 com 4.158 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
domingo, 11 de abril de 2010
Escola Tarcilo Chastinet é reformada em Conceição da Feira
No dia 29 de março de 2010 foi reinaugurada a Escola Tarcilo Chastinet do Povoado do Limoeiro. Será a primeira escola de Conceição da Feira a funcionar em tempo integral. A estrutura física foi totalmente recuperada, modernizada, foram adquiridos aparelhos de televisão, DVD, para ajudar no processo de aprendizagem.
Sabemos que a educação integral basicamente é à idéia de uma educação oferecida em um período maior de tempo que às quatro horas atualmente ofertadas pela grande maioria das instituições escolares de nosso país, contudo, a palavra integral neste caso, tem uma dupla função dentro do conceito, que seria não só a de definir o período maior de permanência do aluno no ambiente escolar, mas também definir a formação do aluno de uma forma integral, completa, total.
No Brasil este ideal foi pensado principalmente por Anísio Teixeira que elaborou seus princípios conceituais e práticos e por Darcy Ribeiro que implementou o projeto dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP´s) no Rio de Janeiro, que além de atender as necessidades mais básicas das crianças oferecia também cuidados maternos e de moradia.Também conhecemos o sucesso que são os CEUS em São Paulo criados pela ex-prefeita Marta Suplicy, que com grande sensibilidade tirou a favela de dentro das crianças.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Veja, Recôncavo, Sertão e UFRB, Por Emiliano José
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Temporal chega à Bahia e causa morte em Prado
A prefeitura decretou estado de emergência por 30 dias, e a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) informou que ajudará a cidade com colchões, cestas básicas e que enviará técnicos. A BR-489, que até pouco tempo era estadual (BA), está sob a administração do Estado. Uma equipe técnica do Departamento de Estradas e Rodagem da Bahia (Derba) esteve no local da cratera para avaliar o estrago.
Após o ocorrido, cerca de 50 pessoas – a maioria de trabalhadores rurais – estavam sem saber como retornar para casa. A única forma de chegar a Prado está sendo pela BR-101, por Itamaraju e Teixeira de Freitas – distância de quase 200 km –, pois parte da estrada entre o distrito de Cumuruxatiba e a cidade também foi levada pelas águas.
No fim da tarde, a solução encontrada por alguns foi pagar por uma perigosa travessia de canoa, ao preço de R$ 5. Mulheres, homens, idosos e crianças embarcavam na aventura. Até as 17h, quando a equipe de A TARDE saiu do local, não havia ocorrido nenhum incidente.
Os desabrigados dos bairros São Sebastião, São Brás, Novo Tempo, Alameda do Atlântico e Portal do Prado estão sendo alojados em casas de parentes, escolas e quadras poliesportivas.
Salvador -Na capital, o temporal provocou acidentes, alagamentos e interrupção de fornecimento de energia elétrica em vários bairros da cidade. Os ventos fortes ainda arrancaram telhados de residências em Fazenda Grande do Retiro, Ribeira e Periperi. O incidente mais grave aconteceu nas escolas Raul Sá e Newton Sucupira, ambas em Mussurunga 1, onde sete alunos ficaram feridos.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) apresentou balanço da Operação Chuva. O órgão atendeu, até as 23h55, 80 solicitações de emergência. Foram um alagamento de área, 22 ameaças de desabamento de imóvel, duas ameaças de desabamento de muro, 21 ameaça de deslizamento de terra, 15 ameaças de queda de árvore, sete árvore caídas, uma avaliação de imóvel alagado, quatro desabamentos parciais, cinco deslizamentos de terra e duas orientações.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
"Marta salva o PT paulista", Fernando Rodrigues
NOVA SOURE/SERRINHA
O líder da oposição na Assembléia Legislativa (AL), deputado Heraldo Rocha (DEM), cobrou em pronunciamento no plenário da Casa, explicações do Governo do Estado sobre o cancelamento de 14 editais que previam a recuperação de rodovias baianas.
domingo, 4 de abril de 2010
Feliz Páscoa!
É tempo de agradecermosdiscretamentepor tudo que temose por tudo que teremos.
Páscoa é um sentimentonos nossos coraçõesde esperança e fé e confiança.É dia de milagres;é dia dos nossos sonhos pareceremestar mais perto,tempo de retrospecçãopor tudo que tem sidoe uma antecipação de tudo que será.E é hora de lembrarcom amor e apreciaçãoas pessoas em nossas vidasque fazem diferença...
Pessoas como você!!!
Feliz Páscoa!
Adriano Melo
sábado, 3 de abril de 2010
Por que celebrar a Sexta-Feira Santa?
Dom Mathias Abade Beneditino comenta a importância da Sexta-feira Santa e seu significado para todos os cristãos católicos. Confira este belo trecho do 43º Sermão da Paixão.
Sexta-Feira Santa em Conceição da Feira
“Nós pregamos a Cristo crucificado”, escreve o apóstolo Paulo na primeira epístola aos Coríntios (1.23). Não são os sinais e nem a sabedoria que devem estar no centro da reflexão e, com isto, da fé cristã, mas a morte de Jesus Cristo. Aqui está o centro de toda a teologia. Por este motivo, as igrejas cristãs têm no centro dos seus altares a cruz ou o crucifixo, como a lembrar que o acontecimento mais importante é a morte de Cristo.
O costume de celebrar a semana santa com todas as suas tradições, que se formaram ao longo dos séculos, pode ser um auxílio para compreender e memorizar que o centro de nossa fé cristã está na morte de nosso Senhor. O Cristo ressuscitado é o mesmo que morreu crucificado na Sexta-feira Santa.
Vídeo do 5º Semestre de Pedagogia FACTAE
Aula de Ludologia com a Professora Rosa Bernadete, em Cruz das Almas na FACTAE
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MORRE ATOR DE "PÁGINAS DA VIDA"
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Alcione vai conceder coletiva de impresa para falar sobre a gravação de seu mais novo DVD
O DVD, com algumas das principais músicas do álbum "Acesa", canções que falam de sua terra natal e alguns hits de carreira, será gravado durante uma apresentação da cantora no Memorial Maria Aragão, praça Maria Aragão, no Centro Histórico de São Luís, dia 07 de abril, quarta-feira próxima, a partir das 20 horas.Naturalmente, o DVD não se resumirá apenas ao show e bastidores.
Nos chamados "extras", um pouco da história desta artista que extrapolou fronteiras e ganhou o mundo. Por exemplo: os fãs de todo o Brasil (e exterior) poderão conhecer o colégio onde a cantora estudou, a igreja que frequentava, o teatro e o viaduto que levam seu nome, dentre muitas outras locações que serão mostradas no DVD.
Com 43%, Marta lidera corrida pelo Senado em São Paulo
No levantamento, Marta aparece com 43% das intenções de voto. A seguir, com 25%, vem o senador Romeu Tuma (PTB), que concorre à reeleição. Logo após estão o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), com 22%, e o vereador e cantor Netinho de Paula (PC do B), com 19%. A ex-vereadora Soninha (PPS) se destaca em quinto lugar, com 18%.
Foram pesquisados também os nomes do vereador Gabriel Chalita (PSB), que tem 8% das intenções de voto, do chefe da Casa Civil do governo José Serra, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 6%, e de Ricardo Young (PV), presidente do Instituto Ethos, com 3%.
A eleição de outubro renovará duas das três vagas ao Senado. Hoje, além de Tuma, São Paulo é representado pelos petistas Aloizio Mercadante, que será candidato ao governo de São Paulo, e por Eduardo Suplicy, reeleito em 2006. O mandato é de oito anos.
O Datafolha ouviu 2.001 eleitores no Estado em 25 e 26 de março. Cada pessoa indicou dois nomes, já que o eleitor terá, em 3 de outubro, de votar em dois candidatos a senador. Por essa razão, a soma total dos percentuais ultrapassa 100%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.