terça-feira, 23 de março de 2010

PAC 2 terá pelo menos R$ 40 bilhões para saneamento básico

A segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) prevê investimentos de pelo menos R$ 40 bilhões em saneamento básico entre 2011 e 2014, o mesmo volume da primeira etapa, e pode chegar a cifras mais altas. O governo está fechando os números e deve anunciar o pacote no dia 29 de março.“Estamos otimistas, torcemos para que os números que apresentamos, que estão acima dos valores atuais, sejam confirmados. No mínimo, os números atuais serão mantidos”, adiantou o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski.A manutenção do ritmo de investimentos deve acelerar o acesso à água potável e ao saneamento básico no país, segundo Tiscoski. Os dados mais recentes apontam que 80,9% dos brasileiros são atendidos com água potável, mas apenas 42% têm coleta de esgoto. O índice de tratamento só chega a 32,5%.A universalização desses direitos custaria pelo menos R$ 200 bilhões em investimentos, de acordo com o secretário. No atual ritmo de aplicação dos recursos, a meta levaria pelo menos 20 anos para ser cumprida. No entanto, segundo Tiscoski, a continuidade dos investimentos pode acelerar os resultados.“Antes do PAC, os setores estavam muito desmobilizados. Foram muitos anos sem investimentos, não havia projetos, a indústria não estava preparada, faltava corpo técnico. Com a continuidade do PAC, o setor vai se manter mobilizado.”O secretário acredita que o Brasil ainda pode atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para saneamento, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir pela metade a proporção da população sem acesso à água e ao esgotamento sanitário até 2015.De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, elaborado em 2009, a probabilidade de o Brasil cumprir a meta para abastecimento de água no ano passado era de 70%. Já a chance real de atingir a meta de esgotamento sanitário era de menos de 30%.Apesar dos desafios, o secretário acredita que o Brasil tem motivos para comemorar o Dia Mundial da Água, celebrado hoje (22) pela ONU. “Temos muito a comemorar, principalmente pelos investimentos. Mas ainda há muito o que fazer, temos muitos mananciais comprometidos. E, quando se trata de saneamento, as ações são lentas e os reflexos são mais lentos ainda”, ponderou. Fonte: Agência Brasil

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