PROJETOS PEGAGÓGICOS

Projeto Mala Mágica - um incentivo à leitura de forma divertida.



Contar histórias é a mais antiga das artes, sendo uma fonte maravilhosa para ampliar o horizonte da criança e de aumentar seu conhecimento de mundo que a cerca.
A professora mineira Monique Saliba elaborou um projeto de incentivo à leitura, destinado a alunos da Educação Infantil – crianças na faixa de 5 e 6 anos, que foi um grande sucesso, tendo sido colocado em prática por outras professoras como a Jessica Walter da Silva Costa que leciona em uma escola particular em Belo Horizonte e cedeu as fotos que ilustram o presente artigo.
Além de estimular para a alfabetização e criar o hábito e o gosto pela boa leitura o projeto desenvolveu a linguagem oral das crianças ampliando seu vocabulário, entrosou a classe que aprendeu a trabalhar em grupo, produziu trabalhos artísticos desenvolvendo a capacidade criadora, culminando num sucesso absoluto que ampliou o conhecimento do mundo das crianças que ainda aprenderam a confrontar realidade e fantasia.
Denominado “Mala Mágica” o projeto constituiu-se basicamente em a cada final de semana a mala ir para a casa de um aluno, juntamente com um livro de literatura. Ao retornar à escola, o aluno deveria levar para a sala de aula a mala e dentro dela a fantasia do personagem principal da história e o registro dos momentos mais importantes desta construção. O que uniu os responsáveis ao projeto engajando-os no mesmo.
“ Cada vez que a criança ouve histórias de faz-de-conta, dá vazão às próprias emoções e pode ensaiar diversos papéis, pois a linguagem simbólica, não verbal dos “Contos de fadas”, comunica-se diretamente com o imaginário da criança, fazendo-a perceber que os problemas existem, mas que eles devem ser enfrentados e podem ser sempre solucionados.”
Através da fantasia a criança compensa as pressões de sua vida e por serem otimistas e transmitirem uma mensagem de felicidade e realização, se aproximam da realidade das mesmas. As histórias educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem.
Um baile com todos fantasiados foi realizado no final do semestre de intenso trabalho.
Parabéns as professoras de Minas Gerais por ousarem inovar e acreditarem na realização eficaz de seu trabalho.
Para a prática da Literatura Infantil não existem receitas prontas, o que deve existir é o conhecimento e o gosto do professor aliado a um espírito criativo, pois cada professor é conhecedor de sua realidade e por isso mesmo, deverá procurar melhores meios para desenvolver a sensibilidade literária.
Muitos adultos não gostam de ler, porque não foi desenvolvido neles o hábito e o prazer pela leitura, daí a importância da mesma ser vista como fonte de fruição e prazer.
O trabalho com a literatura, o brincar de faz-de-conta é necessário porque imitar diferentes situações permite-nos construir nossa história de vida e outras pequenas histórias, além de participar de atividades de curta duração que envolve tanto o coletivo, com momentos de negociações e limites, permitindo-lhe, assim, maior descontração e autonomia.
Enfim, o professor com sua criatividade, inteligência e imaginação saberá dar toques de entusiasmo às histórias, penetrando no mundo da fantasia que as crianças possuem, já que ele é considerado o marco inicial da personalidade da Educação Infantil. Este deve procurar desenvolver seu trabalho com atividades que a partir de leituras do mundo, coloquem os educandos em contato com a leitura e a escrita, favorecendo condições ideais para a alfabetização.
Você também realizou algum projeto que foi um sucesso? A resposta sendo positiva e desejando ter seu trabalho reconhecido e postado em nosso site envie-nos suas experiências, planejamentos e fotos que estamos selecionando material para tal.
Mais dicas de atividades originais que objetivam o incentivo à leitura em vários projetos PPD – entre em contato conosco e adquira o seu preferido - fazendo também a diferença e ousando em suas aulas.







O ambiente que temos e o ambiente que queremos





 

A educação ambiental deve estar presente de forma interdisciplinar em todo o currículo escolar. Assim poderá atingir todos os cidadãos por meio de um processo pedagógico participativo, que procure construir no educando uma visão crítica sobre as questões ambientais.

 
É notória a progressiva degradação ambiental que favorece o esgotamento das reservas naturais e dos recursos não renováveis. Diante desta problemática, deve-se promover a formação de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria de qualidade ambiental. Este projeto visa a envolver toda a comunidade para debater as questões socioambientais, buscando estratégias para diminuir as agressões ao meio em que vivemos, bem como desenvolver ações que contribuam para a melhoria de vida na comunidade e na escola.

Acontecendo na prática

 
Em princípio, o tema foi explorado em sala de aula, por meio de leitura e pesquisa, produções textuais, exibição de documentários, aulas expositivas dialógicas, discussões e debates. Após esta etapa, iniciamos as atividades práticas, quando foram feitas oficinas para produção de objetos reciclados, painéis educativos, pinturas no muro da escola, trabalhos utilizando o papel reciclado, maquetes com o tema “o ambiente que temos e o ambiente que queremos” e confecção de um jornal ecológico, registrando os efeitos positivos, as soluções criativas, mensagens e dicas.
A organização da escola foi um processo fundamental: com latas específicas para a separação de lixo seco e orgânico, cartazes e placas indicando ações, como “não jogue lixo no chão”, “poupe água” etc.

Ao final do projeto houve exposições com as obras de arte dos alunos, em que os pais puderam visitar os estandes, conhecer a reciclagem e participar das palestras, recebendo ainda lembranças recicladas produzidas pelos próprios alunos.

 
Avaliação do projeto

 
Percebemos a conscientização dos alunos no que se refere à coleta seletiva do lixo e à própria limpeza do ambiente escolar. Também fizeram inúmeros trabalhos reciclados, foi construído um sofá com garrafas PET. Grande parte do pátio escolar foi tomado pelas maquetes que produziram, mostrando o ambiente que eles tinham e o que sonhavam. A horta na escola é uma experiência que vem dando certo em muitas instituições. Na nossa não foi possível devido ao espaço não ter sido propício. Mas houve o plantio de algumas árvores nas mediações da escola. É perceptível a conscientização dos nossos alunos, mas resultados ainda maiores teremos a longo prazo.

 

Ficha técnica



Local de realização: Colégio Estadual de Urandi, BA.
Duração: seis meses.

Componentes curriculares envolvidos: todas as disciplinas se envolveram. Houve algumas reuniões onde discutimos ideias e sugestões. Houve articulação da professora responsável.

Turmas atendidas: ensino fundamental e médio.


Objetivos:

• promover e discutir a importância da educação ambiental na escola, garantindo aos alunos e a toda a comunidade escolar a conscientização e formação de atitudes para a modificação de práticas nocivas ao meio ambiente;

• desenvolver valores, atitudes e posturas éticas;

• perceber como os problemas causados pela poluição atingem diretamente a sociedade;

• sensibilizar e capacitar os alunos como agentes multiplicadores dos princípios de reaproveitamento e reciclagem de papel, de modo a estimular a preservação e conservação dos recursos naturais;

• mobilizar os alunos e a comunidade sobre a responsabilidade de todos para a modificação de atitudes nocivas ao meio ambiente;

• promover a reutilização e a reciclagem do papel descartado na unidade escolar;

• desenvolver ações práticas de coleta seletiva do lixo como forma de educar e mudar comportamentos.



Atividades para diferentes disciplinas



Língua Portuguesa: trabalho de conscientização e concurso das melhores frases educativas para exposição em todo o colégio. Confecção de jornal escolar ecológico.

Matemática: trabalhar com estatística, tabelas e gráficos relacionados com dados ambientais.

Ciências: conhecer as plantas e diferenciá-las em relação aos tipos comestíveis, medicinais, as que servem para fornecer madeira, entre outros. Colecionar os diversos tipos de folhas, estudar suas diferenças, ensinar a desidratar as folhas e flores, e com elas formar pequenos quadros.

Biologia: criação da horta da escola.

Química e Física: fazer o reaproveitamento do lixo orgânico.

Educação Artística e Artes: produção de objetos reciclados para exposição. Produção de trabalho com o papel reciclado.

Geografia: confecção de maquetes, orientar um debate sobre questões (desmatamento e queimadas, efeito estufa, pesca predatória, aquecimento global).

Filosofia e Sociologia: pesquisas e produções de textos, realizar trabalhos que relacionem a devastação ambiental à lógica do capitalismo, trabalhar valores e comportamentos. Cimara Lédo de Araújo,

professora no Colégio Estadual de Urandi,
licenciada em História e com especialização em
Formação Socioeconômica do Brasil. Urandi, BA.
Endereço eletrônico: cil_ledo@yahoo.com.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 408, jornal Mundo Jovem, julho de 2010, página 8.





Gincana Junina: promovendo a cultura popular 









As Festas Juninas são uma forte tradição, na qual a promoção da cultura popular está no centro da roda. Historiadores afirmam que a festividade surgiu com este nome por acontecer durante o mês de junho. Outra versão diz que a festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seria uma homenagem a São João.



Quadrilhas, fogueiras, pipocas e bandeirinhas coloridas são alguns dos elementos que ganham espaço nas ruas, cidades e escolas no mês de junho. Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do país, é no Nordeste que as Festas Juninas ganham uma grande expressão. Em razão de longos períodos de seca na região, as festas são um momento de agradecer as raras chuvas que caem naquelas terras. As homenagens e os agradecimentos são feitos a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio.



A Festa Junina chegou ao Brasil através dos portugueses, no período colonial, trazendo influência de diferentes países da Europa e da Ásia. A dança marcada, que inspirou a criação da quadrilha, teria vindo da França; a tradição de soltar fogos de artifícios, da China; a dança de fitas, da Espanha e Portugal. Estas e outras expressões culturais misturadas às culturas africana e indígena resultaram no que hoje conhecemos como as Festas Juninas brasileiras.



Elementos de integração



Durante a semana haverá alguns momentos em que a gincana estará acontecendo prioritariamente com a participação dos alunos, mas é importante que haja pelo menos uma atividade aberta à comunidade. A presença da família é muito importante e poderá acontecer em diferentes momentos, por exemplo: na realização das tarefas da gincana, na culminância do projeto durante o último dia, auxiliando na elaboração de pratos típicos etc



Acontecendo na prática



1º passo:

Definir uma equipe de organização composta por professores e equipe gestora da escola. Esta equipe será responsável por definir as tarefas, que serão distribuídas ao longo da semana, e coordenar o processo.



2º passo:

Definir, por turmas ou misturadas por afinidade, as equipes de alunos que participarão da gincana. Cada grupo tem que:

• Escolher um nome e grito de guerra;

• Definir sua caracterização durante a semana, de acordo com o tema da gincana.



3º passo:

Distribuição das tarefas. Abaixo, seguem algumas sugestões:

• Ornamentação da escola;

• Desfile do familiar ou do professor caipira;

• Desfile do professor caipira;

• Piada caipira contada por um professor;

• Imitação de um artista caipira;

• Prova de conhecimentos gerais sobre a tradição das Festas Juninas;

• Caracterização de um animal para desfile caipira;

• Elaboração de prato típico junino;

• Apresentação da dança da quadrilha

• Buscar um significado bíblico para a fogueira de São João;

• Redigir versos em rima falando dos santos juninos.







Ficha técnica



Objetivos do projeto: integrar estudantes, professores, pais e comunidade em geral e divulgar esta festividade popular, oportunizando um momento de alegria na escola.

Turmas envolvidas: todas as turmas da escola.

Equipe envolvida: direção, orientadora pedagógica, professores e representantes de turmas.

Duração: uma semana.

Recursos materiais: materiais para ornamentação da escola, brindes para as equipes participantes, aparelhagem de som, produtos alimentícios para os dias de festa.

Avaliação: o importante é observar que a comemoração dos Festejos Juninos deve promover e divulgar o universo caipira, sertanejo, onde esta tradição está enraizada e teve sua origem, no país. Deve-se ficar atento para não enfatizar a cultura regional com uma abordagem que a trate como inferior a outras. A intenção deste projeto é justamente o oposto: demonstrar a riqueza cultural do povo brasileiro. Este enfoque pode ser observado para identificar o sucesso da realização da atividade.

Premiação: sugerimos que todas as equipes sejam premiadas por sua participação, e não por competição.Equipe Mundo Jovem,


com a colaboração do professor Mariano
Batista de Alencar, de Esmeraldas, MG.
Endereço eletrônico: mundojovem@pucrs.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 397, jornal Mundo Jovem, junho de 2009, página 19.